PL 3555/2004 Câmara dos Deputados Veja a íntegra da audiência pública

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

O PATRIMÔNIO DOS CORRETORES USADO PARA TRAMPOLIM POLÍTICO

Em seu Blog do Jefferson, o presidente nacional do PTB Roberto Jefferson nega a indicação do vice-presidente do PTB de Goiás, Secretário de Estado de Goiás e presidente da Fenacor- Federação Nacional dos Corretores de Seguros, para o cargo de superintendente da Susep - Superintendência de Seguros Privados do Ministério da Fazenda. Destaca que no passado, mais precisamente em 2005, realmente o indicou para o mesmo cargo por conta de um acordo político que acabou não prosperando, em virtude, basicamente, das denúncias que envolveram o IRB na CPMI dos correios, conforme atesta matéria publicada pelo jornal O GLOBO.

Segundo ele a indicação parte do Deputado Federal Jovair Arantes, de Goiás, que assume em um jornal local a indicação como sendo cota política do PTB em acordo com o governo.
Parece mesmo que seja no fundo uma acomodação da política local, uma vez que é publica as divergêncais na composição do secretariado do Governo Alcides Rodrigues, sucessor de Marconi Pirillo no Governo do Estado de Goiás, em relação ao cargo que ocupa o presidente da Fenacor. O nome mais cotado para permanecer no cargo é o de Fernando Cunha, sendo que as farpas permeiam nos principais jornais goianos há meses.

Notadamente o desempenho político do presidente da Fenacor foi reconhecido em várias publicações que destacam a sua performance nos ultimos oito anos. Isso já não ocorre no exercício da presidência da Fenacor, levando em consideração o êxodo da profissão em decorrência do avanço das seguradoras na comercialização, muitas vezes de forma ilegal e não combatida pela entidade. Torna-se realmente incompatível realizar aspirações políticas desta envergadura e atuar na defesa dos interesses dos corretores. Apesar de questionado sobre a acumulação de cargos, inclusive na sua legalidade através do Ministério Público, o presidente da entidade se mantem inflexível.

Evidências levam a crer que a posição do presidente da Fenacor e sua representação da categoria junto a CNC - Confederação Nacional do Comércio estejam sendo usados para loteamento político de cargos, notadamente o da Susep, cabendo lembrar que existem valorosos servidores de carreira na Superintendência de Seguros Privados, com capacidade de assumir a gestão da agência reguladora, sem mais um imbróglio político.

Repilo enquanto corretor de seguros associado a estrutura sindical o uso das entidades sindicais de todos os níveis para trampolim político de quem quer que seja.

A classe dos corretores de seguros não apoia o PTB, em sua maioria esmagadora não é filiada a este partido e não mantém com ele nenhuma vinculação. Não há manifestação de vontade da categoria neste sentido, o que desautoriza o uso da força das entidades na construção de carreira política.

Creio que o assunto de regulação de mercados e suas agências reguladoras devam ser tratados de forma profissional e ter uma atenção maior do Governo Federal, tal a responsabilidade dos órgãos na estabilidade dos mercados. Não cabe lotear politicamente áreas técnicas que precisam de isenção, para receber o respeito por parte dos participantes do mercado e nas suas relações com entidades, empresas e reguladores internacionais.

Luis Stefano Grigolin, corretor de seguros, consultor e especialista em tecnologia da informação, jornalista, com 29 anos de atuação no mercado segurador.

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