PL 3555/2004 Câmara dos Deputados Veja a íntegra da audiência pública

VENDA CASADA

É impossível a construção de uma carteira saudável num ambiênte de negócios totalmente prostituído.
O mercado de seguros perdeu de vez a integridade. Cada vez mais as seguradoras fazem sobreposição de canais sobre o canal dos corretores de seguros, os desbravadores do mercado.
Não faltam seguradoras com as portas escancaradas para operações em massa, que passam necessariamente pela venda casada com outro produto qualquer, de cama, mesa e banho à utensílios de luxo, passando por toda a cadeia produtiva e ramos de operação do mercado de seguros, notadamente os setores de serviços financeiros.
É comum o consumidor se deparar com propostas indecorosas na compra de um eletrodoméstico, na sua relação bancária, na compra do automóvel, da casa própria, no financiamento e até comprando roupas.
Por trás desta abundante oferta o velho problema de corretores de aluguel, prepostos não preparados, agentes de toda sorte e até mesmo, o mais trivial e usual, abuso dos próprios funcionários das funções fins, para o bico da venda de seguros. É a banalização total da comercialização de seguros.
A bancarização, a venda in store, no cartão de crédito, por telemarketing, internet e outros meios, não foi sendo regulamentada pelo órgão fiscalizador, a Susep. Com um altíssimo custo no orçamento da união, a autarquia vem inchando os quadros sem a contrapartida da mais elementar função descrita na sua criação: a regulação e fiscalização do mercado de seguros. É um desvio de finalidade o cabide de empregos, por várias vezes através de contratações de empresas que locam mão de obra. Está lá no portal da transparência, para quem quiser ver.
Há venda casada, exercício ilegal de profissão, prática de truste e vários ilícitos contra a economia popular e relações de consumo, mas o órgão fiscalizador, a Susep, órgão do Ministério da Fazenda e afeto ao Ministro Guido Mantega, faz vistas grossas. Até quando, eu não sei! Vai nomear quem Palocci? Um político?
E o que as entidades de classe dos corretores tem feito à respeito, a não ser espernear? Falta qualificação no topo da pirâmide!

Luis Stefano Grigolin

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