PL 3555/2004 Câmara dos Deputados Veja a íntegra da audiência pública

terça-feira, 25 de agosto de 2009

MAIS DO MESMO OU RENOVAÇÃO?

Desde 1992, quando o atual grupo que lidera o Sincor-SP sucedeu Octávio Milliet, que não concorreu à reeleição, tenho desempenhado o papel de vilão que nem todo mundo se dispõe a interpretar. Sou crítico contumaz de uma gestão que nos últimos 17 anos vem nos dando mais do mesmo. Visto como inimigo número 1 da atual gestão e tido papel preponderante na imposição de eleições no Sincor-SP, que até esta data mantinha o hábito anti-democrático da aclamação por unanimidade, que nem sempre representava de fato a consciência da maioria. Quebrado este paradigma, em 1995 tivemos a primeira eleição do sindicato em sua história. Representou a oposição Osmar Bertacini, que foi surpreendido pelas caravanas de ônibus do interior, organizadas pela atual situação, para que votassem no único ponto de voto, na capital paulista, sede do sindicato. Em 1998 encabeçei a chapa de oposição pela primeira vez e a mudança de regra levaria a votação nas delegacias do interior, com a entrega de lista de votantes com 30 dias do pleito, numa verdadeira palhaçada eleitoral. Em 2001 concorri novamente ao pleito e o uso da máquina novamente se fez presente através de eventos e do cerceamento da nossa palavra, mais uma vez manipulando a entrega do cadastro atualizado para que fizessemos a campanha. Note-se que até então não havia a penetração da internet como temos hoje, e o domínio sobre os dados era crucial para se entrar em contato com os corretores via mala direta, com custos elevadíssimos, pois tivemos que usar um cadastro defasado de todos os corretores, mesmo os não sócios . Nestas duas disputas concorri com João Leopoldo Bracco de Lima, que viria posteriormente a ser afastado da direção do sindicato por este mesmo grupo. Nas duas últimas eleições Edson Lasse Fecher encabeçou a disputa contra Leôncio de Arruda, sem êxito, apesar de já contar com as ferramentas de comunicação que permitem hoje sobrepor a questão do cadastro.
Durante todos esses anos exerci um papel crítico e construtivo, através de revistas , sites e portais na internet, e mesmo na grande imprensa, no sentido de prover a discussão sobre as formas de defesa institucional da categoria, mas como represento uma ameaça direta aos anseios de permanência indefinida desse grupo que ora comanda o sindicato, as minhas idéias foram sempre preteridas e a história do sindicato cabe aos vencedores.
Comprei a briga do sindicato com a Federação Nacional dos Corretores já que nossos anseios também não eram defendidos de forma cabal por aquela entidade, o que levou a uma verdadeira guerra no judiciário durante mais de quatro anos em processos em quatro estados,já pacificada. Mas hoje por uma questão jurídica que envolve pessoalmente nosso presidente por atos de administração, o Sincor-SP de fato não age com a Fenacor. E a impessoalidade da representação?
Mas o que de concreto apresentou esta gestão nos últimos 17 anos senão a submissão aos seguradores em troca de visibilidade e patrocínio para grandes eventos que guardavam a intenção pura e simples de manter o sindicato sob controle?
Pelo contrário, com o grande crescimento do mercado a maioria esmagadora dos corretores involuiu. Então proponho esta minha nova candidatura com um planejamento estrutural de reformas de base no sindicato dos corretores de seguros de São Paulo, com foco na defesa institucional da profissão, com um arcabouço jurídico e trabalho de consultoria elaborado por mim, num amplo estudo sobre o assunto, e que cheguei a oferecer aos atuais líderes para que estudassem a compra do trabalho de compilação de mais de uma década. Nem sequer quiseram ver o trabalho e assinar o termo de compromisso e confidencialidade para análise . Faz parte do rol de ações fundamentais do sindicato a elaboração de estudos para viabilidade e melhora da categoria. Milhões foram pagos em consultoria durante este período. Mas o trabalho de um opositor não tem valor. Santo de casa não faz milagres.....será? Vou pagar pra ver!
Então colegas, vou doar meu trabalho como base de uma campanha para substituir quem não faz pela defesa institucional ou por incompetência ou por conveniência, não se sabe.
Passarei a expor o trabalho de hoje até março de 2010, em capítulos, para que seja discutido ponto a ponto com todos os corretores de seguros aos quais temos acesso eletrônico.
Para participar das eleições é necessário 6 meses de filiação ao sindicato. Portanto quem quiser votar nos rumos de sua profissão deve fazê-lo ainda este mês. Quem não fizer vai dar aos colegas inscritos no Sincor-SP a procuração para eleger o novo presidente.
Não dê cheque em branco para a sua profissão. Pode ser que a conta profissional possa ser encerrada no próximo período de gestão, pelo andar da carruagem. A ameaça da venda direta e dos agentes só dependem de reformas prestes a serem tratadas pela indústria de seguros após as eleições, através de seus lobistas.
Não se deixe encantar pelo pão e circo e pelo canto da sereia! Mais do mesmo ou renovação?
Vamos lutar essa batalha juntos?

Luís Stefano Grigolin

Convenção Coletiva de Consumo