PL 3555/2004 Câmara dos Deputados Veja a íntegra da audiência pública

sábado, 12 de fevereiro de 2011

First interactive meeting of agents and brokers Conference: The Brazilian insurance market

First interactive meeting of agents and brokers


Conference: The Brazilian insurance market


Primeira reunião interativa de agentes e corretores de seguros
Conferência: O mercado brasileiro de seguros
João Pessoa- PB - Brasil       06.05.2011

Evento presencial com transmissão e interação via internet em tempo real.


Autorregulação dos corretores de seguros

  • A distribuição de seguros no Brasil
  • Formação de preços no mercado segurador
  • Legislação e regulamentação da distribuição de seguros
  • Necessidade de novos produtos e serviços
  • Concentração e concorrência desleal no mercado brasileiro
  • Resseguro, co-seguro e formação de um novo mercado
  • Microsseguros e seguros obrigatórios
  • A formação e educação continuada de corretores de seguros
  • Prepostos, angariadores e agentes,  uma visão propositiva
  • Propostas e projetos de lei para o mercado segurador


Realização:
Ancoras-Brasil 
Associação Nacional de corretores e agentes de seguros

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

PL 8034/2010 Normas de Contrato de Seguros Gerais

Apresentado ontem projeto de lei 8034/10 de autoria do Deputado Moreira Mendes, PPS -RO, que visa aprofundar as discussões sobre Normas de Contratos de Seguros Gerais, com pedido de apensamento do PL 3555/04, para que os trabalhos valorosos realizados não se percam.

Luis Stefano Grigolin

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Corretores de seguros apóiam formação de nova seguradora

Em gestação há algum tempo, a iniciativa de unir capital ao conhecimento de mercado dos corretores de seguros e técnicos do mercado segurador, resulta em uma nova seguradora já em 2011.
A iniciativa reúne profissionais e empresários de vários segmentos, TI, Telecom, programadores, corretores de valores, corretores de seguros, corretores de imóveis, bancos de investimentos e comerciais, correspondentes bancários, de assistência 24 hs, reparadores, vistoriadores, reguladores de sinistro, auto centers, funilarias, associações de transportadores de carga, distribuidores de pneus, comerciantes e industriais de todo país.
Cansados de submeter-se ao oligopólio de uma dezena de seguradoras obsoletas que dão as cartas neste mercado, resolveram, através de um fundo de investimentos, cotizarem-se para o desenvolvimento do empreendimento.
Em um mercado onde escala é fator primordial, a adesão de corretores de seguros cria o cenário ideal para uma nova empresa nascer com pujança, já que estes profissionais detém importante market share.
Com base no conhecimento compilado de mercado destes profissionais foi desenvolvido um sistema de gerenciamento da nova seguradora, espelhada nos erros e acertos dos players do mercado segurador.
O sistema contempla desde calculadoras on-line até o back office e pós venda dos corretores de seguros, CRM integrado de administração de negócios em várias camadas, sistema de telefonia digital interativo com outras mídias digitais, lojas de internet, acessibilidade às apólices dos clientes on-line por certificação digital, digitalização de todo processo de vendas, de vistorias, controle de prestadores de serviços, que por gravação de imagens poderão agilizar trâmites de reparação e prevenção de forma muito mais ágil.
A redução de custos, agilidade, capilarização, diversidade de conhecimento e formação dos empreendedores vão criar o diferencial de atendimento da nova seguradora. Desburocratizando processos que irritam os clientes das seguradoras atualmente e criando produtos práticos, direcionados para segmentos específicos, com respaldo de resseguradores internacionais, a nova seguradora pretende simplesmente encantar os seus clientes, introduzindo no mercado o verdadeiro conceito de mutualidade e justiça tarifária.
A seguradora inicia suas operações em todos os estados da federação com uma rede credenciada de prestadores de serviços diferenciada, com as melhores opções locais, definidas pelos próprios corretores de seguros.
O investimento inicial previsto para este ano é de R$ 60.000.000,00 (Sessenta milhões de reais) e a administração profissional do empreendimento será dividida entre a área operacional de seguros, eleita pelos participantes do fundo de investimentos, e financeira, gerida por uma das maiores corretoras de valores do país, administradora do fundo.
Analistas de mercado vislumbram uma mudança drástica no atendimento dos segurados e no entendimento que o consumidor passará a ter sobre as garantias que contrata, com quem contrata e os prestadores de serviços com quem eventualmente poderá contar.
" Não é mais uma seguradora, é a seguradora que vai mudar o conceito de seguros no país", afirma Luís Stefano Grigolin, mentor do projeto. "O grupo pretende influenciar fortemente na legislação de seguros no país, que hoje torna hipossuficiente o consumidor de seguros".
"Previsto inicialmente para iniciar as operações em 2013, o projeto foi antecipado por conta da forte atração que o mercado de seguros vem exercendo sobre investidores, também pelas margens alcançadas na distribuição e operação do mix das carteiras, e, forte expansão do mercado, agora consolidadada ",diz.
"A expectativa é submetermos o projeto, a criação da seguradora e notas técnicas de produtos de seguros ao órgão regulador do mercado, a Susep - (Superintendência de Seguros Privados do Ministério da Fazenda) no início de 2011, alcançando 4% do mercado até 2012, usando recursos de co-seguro e resseguro, o que seria um resultado fantástico".

terça-feira, 22 de junho de 2010

Microsseguros

Seguros a 1 dólar por mês revolucionam mercado indiano

Apólices para mercado de baixa renda oferecidos pela Bajaj Allianz, Índia,
beneficiaram mais de 2 milhões de indianos em dois anos – e o Brasil tem potencial para trilhar um caminho semelhante

Em 2008, o ciclone Nisha devastou a costa Sul da Índia e fez com que cerca de 50 mil pessoas perdessem tudo o que tinham. Felizmente, cerca de 14 500 famílias conseguiram recomeçar a vida. Pagando mensalidades médias de apenas US$ 1 por mês, elas haviam contratado um seguro contra perdas por desastres naturais e ganharam indenizações para reconstruir o que ficara arrasado pelo desastre natural. Juntas, elas receberam US$ 800 mil da Bajaj Allianz, uma das pioneiras no mundo em operações de microsseguros – uma modalidade que oferece apólices extremamente baratas para pessoas que estão excluídas do sistema financeiro internacional.

Quem comandou esse processo foi o indiano Kamesh Goyal, country manager da Bajaj Allianz, Índia. O executivo participou hoje do V Fórum Internacional de Seguros para Jornalistas, organizado pela Allianz Seguros no hotel Intercontinental, em São Paulo, SP, com a presença de quase 60 profissionais da imprensa de todo o País. Goyal é um grandes espacialistas mundiais no assunto. “São justamente as pessoas com menos recursos que estão mais expostas ao risco”, diz. “Portanto, as que mais precisam de seguro”, complementa Goyal.

Na Índia, cerca de 70% da população total não tem acesso a nenhum produto financeiro. “É uma imensa oportunidade de negócios, tanto na Índia quando em outros países emergentes”, diz Goyal.

Aqui no Brasil, o mercado de microsseguros ainda não está regulamentado, mas as seguradoras brasileiras já estão de olho nesse segmento. “O microsseguro representa não apenas um negócio, mas uma oportunidade de inclusão social”, afirmou Max Thiermann, presidente da Allianz Seguros, na abertura do Fórum.

Na opinião do professor Lauro Gonzalez, coordenador do Centro de Estudos em Microfinanças da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, o microsseguro ainda é um assunto pouco abordado no Brasil. “Aqui, fala-se muito sobre microcrédito, mas é preciso lembrar que ele só é eficiente se for combinado com outros produtos”, diz. Gonzalez citou como exemplo um microempreendedor que consegue crédito para comprar um bem, como carrinho de cachorro quente. “Se ele não tem nenhum tipo de cobertura de seguro, ele pode perder anos de investimento com uma simples enchente”.

Desafios
Na opinião de Goyal, atender as pessoas das camadas mais baixas da população requer uma série de adaptações no modelo de negócios de uma seguradora tradicional. Para chegar a apólices tão baratas é preciso eliminar burocracias e baratear o custo de divulgação, entre outras adaptações.
Outro ponto que merece atenção é o contato com o público-alvo.

Na Índia, 80% da população vive em áreas rurais, o índice de analfabetismo é alto e muita gente não tem nenhum tipo de documento de identificação. Como chegar até elas? “Tivemos que encontrar canais alternativos”, explicou o indiano. A Bajaj Allianz fez parcerias com associações, organizações não-governamentais, cooperativas agrícolas e instituições que já trabalham com o microcrédito. A seguradora também criou métodos irreverentes para falar com essas pessoas: em vez de panfletos e explicações complexas, os vendedores usam dinâmicas como peças de teatro e um jogo em que pedrinhas simulam a mensalidade e o prêmio.

Com estratégias como essa, a empresa pretende crescer nesse segmento a um ritmo mais veloz do que em ramos mais tradicionais. “Queremos dobrar as receitas da operação de microsseguros em dois anos”, diz Goyal. Em 2009, o faturamento da modalidade foi de US$ 50 milhões. Hoje, a Bajaj Allianz tem 2,1 milhões de contratos de microsseguro no segmento vida e 34 mil em saúde.


O que é microsseguro
É uma modalidade de seguro que oferece apólices extremamente baratas para pessoas que estão excluídas do sistema financeiro tradicional. O preço médio de uma apólice na Índia é de US$ 12 por ano.

Números
US$ 50 bilhões é o tamanho do mercado segurador indiano
US$ 3 bilhões foi o faturamento total da Bajaj Allianz, Índia, em 2009
US$ 50 milhões foi o faturamento da Bajaj Allianz, Índia, em microsseguros, em 2009. A empresa pretende dobrar esse valor nos próximos dois anos.
US$ 1 dólar é a mensalidade média de uma apólice de microsseguro na Índia
2,1 milhão de apólices de microsseguro (vida) foram comercializadas pela Bajaj Allianz, Índia
34 mil apólices de microsseguros (saúde) foram comercializadas pela Bajaj Allianz, Índia
5% é a porcentagem de pessoas com algum tipo de cobertura de seguro no mundo.

Seguro garantia em destaque

Seguro garantia cresce com grandes obras de infraestrutura

As 22 seguradoras e 18 resseguradoras que atuam no setor têm
condições de assegurar a realização das obras para a Copa e Olimpíada

“As seguradoras brasileiras têm condições de garantir a realização de todas as grandes obras para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016”. É o que afirmou Edson Toguchi, superintendente de Produtos Financeiros e Responsabilidades da Allianz Seguros, durante o 5º Fórum Internacional de Seguros para Jornalistas, organizado no dia 22 de junho pela Allianz Seguros no hotel Intercontinental, em São Paulo, SP, com a presença de quase 60 profissionais da imprensa de todo o País.

Segundo Toguchi, as 22 seguradoras e 18 resseguradoras que atuam no setor devem registrar um recorde no total de prêmios pagos em seguro garantia. A expectativa é que o mercado fature até R$ 900 milhões. No ano passado, de acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), as receitas foram de R$ 696 milhões.

Destinado aos órgãos públicos e às empresas privadas, sobretudo da construção civil, o seguro garantia tem como objetivo assegurar o cumprimento das obrigações contratuais estipuladas em um contrato, licitação ou concessão pública. Em licitações, é usado para garantir que a empresa vencedora da concorrência assine o contrato de execução ou de fornecimento previsto no edital ou convite.

Na opinião de Tânia Amaral, superintendente de Riscos Financeiros da Munich Re do Brasil e debatedora do Fórum, o seguro garantia ainda tem muito terreno para crescer no País. No Brasil, ele representa 0,03% do PIB. Em outros países da América Latina esse percentual é maior: o México é de 0,04% e no Panamá é de 0,28% “Alguns segmentos da economia ainda não conhecem bem esse mecanismo”, diz Tânia. “A principal função do seguro garantia é pré-qualificar uma empresa para participar de um projeto. Quando ela consegue o seguro para apresentar ao contratante já é um excelente sinal.”

Tânia disse, ainda, que um motivo de preocupações para o setor é a excessiva concentração de riscos em poucas empresas. “Hoje, todos os grandes projetos estão na mão de cinco construtoras, o que aumenta muito o risco”, diz ela. “Hoje, das 20 maiores exposições da Munich re no mundo, metade é de empresas brasileiras.

Já Toguchi destacou que o Brasil vive um dos melhores momentos econômicos de sua história, com elevados investimentos em infraestrutura, sobretudo graças ao PAC, aos grandes projetos de energia limpa, a construção civil e – agora – aos dois maiores eventos esportivos do mundo que acontecerão por aqui. “Já estamos negociando o seguro garantia para a reforma de estádios, ampliação e construção de aeroportos e projetos de transportes”, afirmou Toguchi. Segundo ele, também que a Allianz vem registrando crescimento acima da média. No ano passado, enquanto o mercado cresceu 40%, a seguradora obteve um aumento de 73%.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Caro Augusto Nunes,estou preocupado

Caro Augusto Nunes, estou preocupado.
Preocupado porque é óbvio que Lula não tem capacidade de entender a mais elementar conversa com quem quer que seja. Nunca é uma comunicação de duas vias. Tem apenas em um sentido, o sentido da sua intuição mediana e da sua imaginação, já que cultura e inteligência são escassos.
A cara de conteúdo do presidente e de sua candidata andróide não prospera em função do vazio galáctico que existe na mais elementar das discussões.
Enquanto nos vemos envolvidos nas peculiaridades e no besteirol criado no entorno desse mito passageiro, decisões importantes sobre o rumo da nação estão sendo tomadas por leis, em toda sua hermenêutica, produzidas aos montes por escalões inferiores, infiltrados por quem manda realmente neste país, determinando a maior concentração de poder e renda da história da civilização.
Lula e seus asseclas não fazem a menor noção que vivemos várias revoluções ao mesmo tempo no Brasil, a agrícola, a industrial, a econômica e financeira, a tecnológica, a educacional, da saúde, do trabalho e logistica (a chamada globalização) e dos costumes, informação e relacionamentos, entre os nacionais e transnacionais e multinacionais.
No período de um século, estamos transformando nossa nação, passo que nações desenvolvidas tiveram milênios para fazê-lo.
Então, a falta absoluta de competência dos poderes, a prostituição entre eles, a cobiça de poucos e a ausência de muitos, estão conduzindo este país ao caos, não obstante o crescimento, que é insustentável no longo prazo.
Não há pensadores da nação, não há espírito público, campeia a roubalheira, a soberba, o estrelismo, a burrice, a intolerância, a falta de comunicação, educação e cultura básicas para o entendimento do nosso tempo.
Estou preocupado, caro Augusto Nunes.
Com o nosso país, com o nosso futuro!

Luís Stefano Grigolin

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Grigolin apoia Chapa 1

Após análise das propostas das duas chapas inscritas no processo eleitoral, que definirá a direção do Sincor-SP no triênio 2010-2013, conforme anteriormente anunciado, Luis Stefano Grigolin anuncia apoio à Chapa 1, encabeçado por Mário Sérgio.
"Acredito que pode haver uma renovação efetiva e sinto que existem mais discussões dentro da própria diretoria sobre temas relevantes, com a proposta apresentada. Creio ainda não terem chegado ao cerne do problema da defesa institucional da profissão, mas nada impede que alcancem êxito durante esse mandato."
Grigolin enviará aos corretores de seguros do país uma minuta de projeto para defesa institucional da profissão, com a qual a Ancoras-Brasil - Associação Nacional de Corretores e Agentes de Seguros - Brasil, deve iniciar representações aos órgãos competentes para a defesa da profissão de corretor de seguros.
" Medidas de defesa da profissão devem partir do consenso da base dos corretores, estamos portanto dando os subsídios jurídicos para que a classe se manifeste sobre a viabilidade da proposta que ataca frontalmente práticas abusivas das seguradoras."
No decorrer deste novo mandato do Sincor-SP, Grigolin crê que a pressão dos corretores de seguros por medidas concretas do sindicato estadual e de Fenacor - Federação Nacional dos Corretores vão aumentar substancialmente. Os recentes recadastramentos demonstram o grande número de mortalidade de empresas e profissionais na atuação do mercado.
"Estaremos contribuindo para a defesa institucional da profissão", destaca Grigolin.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Grigolin declina da candidatura ao Sincor-SP

Em decisão na tarde desta sexta-feira 15/01/2010, data limite para inscrição das chapas que concorrem à eleição no Sindicato dos Corretores de Seguros Sincor-SP, o grupo liderado por Luís Stefano Grigolin decidiu não inscrever a chapa previamente formada.
A falta de entendimentos sobre uma chapa de consenso que representasse a oposição foi a causa da medida. " Já nas eleições anteriores tivemos esta postura, e na oportunidade, retiramos o apoio a outra chapa oposicionista, tendo como resultado a manutenção da atual diretoria."A falta de consenso e divisão na oposição tem levado sistematicamente a esta manutenção da atual gestão", diz Grigolin.
Nesta feita o grupo decidiu por apoiar a chapa inscrita que tiver o melhor programa e submeter o plano de gestão do sindicato aos corretores de seguros para que a classe possa pressionar a chapa vencedora a seguir as linhas sugeridas, se assim entender.
"Com altruísmo e longe da fogueira das vaidades vamos alcançar nosso objetivo social, que se impõe neste momento, diz Grigolin."
"Estamos tentando romper com esse paradigma mas, sem consenso, tenho a impressão que o grupo encastelado tem tudo para ter mais três anos de mandato", dispara.
A experiência recente nos estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul não foram suficientes para que houvesse um pouco mais de integração entre a oposição, conclui Grigolin.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Bancarização e concentração no mercado de seguros e seus efeitos perversos

Bancarização e concentração no mercado de seguros e seus efeitos perversos para a distribuição e consumo


Há mais de uma década venho apontando a bancarização e concentração do mercado segurador como fator preponderante de uma aniquilação da corretagem de seguros e, como desdobramento, a hiposuficiência do consumidor brasileiro de seguros.

A ausência de instrumentos regulatórios eficazes, aliado a falta de combatividade das seguradoras locais, levaram os bancos, nesta década, a assumir o controle de oligopólio no setor de seguros.
Os fundamentos do antitruste identificam claramente em que circunstâncias um mercado passa a ser dominado por oligopólio, como dominam a formação de preços, mantém empresas marginais e determinam margens. Não bastasse a concorrência desleal praticada nesse regime, as seguradoras criaram um segundo nicho de concorrência predatória entre a distribuição de seguros, determinando margens, concorrências entre corretores de seguros, em clara configuração de abuso de posição dominante.
Formação de cartéis, prática de dumping, acordos verticais, coibição de atuação, imposição de preço de revenda, aumento de custos dos concorrentes, são alguns dos efeitos perversos criados pelas práticas anti-concorrenciais no mercado de seguros brasileiro.

As margens nesta década foram multiplicadas por 10, partindo de uma média de 3% para alcançarem 30% nas operações das seguradoras dominantes.

O market share e o percentual sobre o lucro dos conglomerados bancários indicam qual é hoje a importância deste mercado em termos de resultados.

A cobiça pelo mercado de distribuição vem fazendo com que as seguradoras se posicionem de forma a destruir os canais de produção existentes, uma vez que com a expansão do mercado, os valores passaram a ser expressivos.

As leis antitruste e sua interpretação de extraterritorialidade buscam definir a delimitação do mercado relevante, os acordos verticais e o prejuízo a concorrência. De outro lado o código de defesa dos consumidores veda a precificação diferenciada, a facilitação de conluio, falhas de informação ao consumidor, venda casada, discriminação e não aceitação de riscos diferenciada sem o devido respaldo legal, assim como a negativa de indenização sem as condições mínimas técnicas e contratuais de fazê-lo.

A repressão ao abuso de dependência econômica, o abuso de poder econômico, a infração aos dispositivos garantidores da livre concorrência e o enriquecimento sem causa, estão nos diplomas legais e nos entendimentos dos tribunais.

Papel relevante terão a Secretaria de Acompanhamento Econômico SEAE, a Secretaria de Direito Econômico SDE e o CADE, na análise dos efeitos proporcionados por esta concentração.

A aplicação de análise creditícia para aceitação de risco e a ausência de contrato de distribuição formal com os corretores de seguros, que hoje ocorre de forma tácita, são fatores de desestabilização de mercado.

A ausência de finalidade do órgão regulador do mercado de seguros, a Susep - Superintendência de Seguros Privados, na defesa dos consumidores, para o qual foi criado, é gritante e se reflete no ícone da criação da Seguradora Líder dos Consórcios de DPVAT, criando uma reserva de mercado legal inimaginável, ao invés do processo licitatório.

Nesse sentido, e com base num amplo estudo sobre a questão, estuda o Ministério Público Federal, ações no sentido de coibir o abuso no mercado de seguros, preservar a distribuição que representa o consumidor, no Sistema Nacional de Seguros Privados. Notório se faz a indiferença das entidades representativas do mercado que ignoram as práticas ao seu bel prazer e entendimento restrito. Uma CPI Estadual já foi aberta e caminham tratativas de uma CPI no Congresso.

Luis Stefano Grigolin, 45, é corretor de seguros, jornalista e especialista em tecnologia da informação. Suplente de Deputado Federal e de Vereador pela cidade de São Paulo nesta legislatura. É candidato à presidência do Sincor-SP, entidade que representa os corretores de seguros no Estado de São Paulo.

Convenção Coletiva de Consumo